October 2017

 

Singular devaneio

Oiço ao longe intensas e vibrantes badaladas

O chilrear brejeiro e alegre dos pardais

Que tal como eu sentindo a suave brisa de vento

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Roubaram-me a lua

Os deuses roubaram-me a lua do céu

Imensa ela brilhava e encantava

E profundo e intenso aquele desnudado encanto,

A minha alma preenchia.

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Vivificante saltitar

Saltitando de ramo em ramo,

Como se fossem somente uma nuvem de sonho

Brejeiros cantarolando o extâse da vida

No seu canto carregam toda a fragilidade

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Ser, humano

Nas brumas da realidade

Fugazes momentos que transbordam de vida

Presença única que de ti, universo infindo

Encontro nas vísceras que em mim reclamam

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Fugindo Do Mundo

Eu tentava fugir do mundo

Com razões para chorar

Na sombra de um pé de ipê

Sentei num banco para descansar

Quando surgiu um menino cansado

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Bucólica espera

E este imenso mar abalroa o meu olhar

Sonantes ondas transpõem o meu ser

De profundidade sedento,

Jamais desenhada na superficialidade desta realidade,

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Apenas escrevendo

Na desmedida ânsia desta escrita

Me traduzo sem pudor,

Regurgitando a minha angústia

Abençoando os meus amores

E exorcizando os meus desamores,

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Singela oferta

Em ti revejo o meu lado breu,

Asas sentidas e de mim arrancadas

Com golpes desferidos no sentir do meu ser

E tu jamais me encontrarás

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Somente poemar

E assim me encontro e desencontro

Suavemente o teu olhar tocando

Que me penetra e confunde,

Aquele olhar que jamais encontrei

No mais profundo do meu ser.

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Esfusiante liberdade

 

Numa noite de luar as estrelas disseram-me

Um dia os homens sonharão,

Com essa tão desmedida liberdade

Que o meu coração sempre albergou

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