Português
Teu “Lawrence”
O viver Almirante,
A verdade Tenente,
Capitã minh’alma,
Venho ao mundo
Temente, tamanha
A sede de viver, gigante …
Almirantes, todos
Que o mundo possa
Conter, dementes vivamos
Capitães da areia,
Fundeemos castelos,
Quer sejam ou não âncoras
De verdade, nem os barcos
Rabelos, os portos-Porthos,
Dromedários, caravelas, deserto.
Teu “Lawrence”, tio Lawrence…
(Vontade Tenente)
Jorge Santos 08/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Ricardo Reis
Ricardo Reis
Bocas roxas de vinho
Bocas roxas de vinho
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa:
1601 (MDCI)
1601 (MDCI)
Odi et amo
"Odi et amo. Quare id faciam fortasse requiris. nescio, sed fieri sentio et excrucior. '"
Quero ficar, por fim e doravante
Tão leve quanto a embriaguez
Breve bora constante consente
Odi et amo
Odi et amo
Homens que são como sítios desviados Do lugar
Homens que são como lugares mal situados
Homens que são como casas saqueadas
Que são como sítios fora dos mapas
Como pedras fora do chão
Como crianças órfãs
Homens sem fuso horário
Homens agitados sem bússola onde repousem
Homens que são como fronteiras invadidas
Que são como caminhos barricados
Homens que querem passar pelos atalhos sufocados
Homens sulfatados por todos os destinos
Desempregados das suas vidas
Homens que são como a negação das estratégias
Que são como os esconderijos dos contrabandistas
Homens encarcerados abrindo-se com facas
Homens que são como danos irreparáveis
Homens que são sobreviventes vivos
Homens que são como sítios desviados
Do lugar
Daniel Faria