O dia não é qualquer um. Nada é qualquer quando o assunto és tu. A madrugada vai alta. A minha pulsação mais ainda. A tua imagem. A tua ausência. O meu sentimento. A tua incógnita. Haverá realmente um tempo perdido entre nós? Porque a sensação que tenho é de que … o tempo que me fazes perder irá voltar. Mas o tempo nunca volta. NUNCA. Ao contrário de ti, que voltas sempre. Eu também nunca te deixo ir. Não quero. Não quero. Não quero. A música embala-me, a musica traz-me o teu sabor, a musica traz-me aquilo que vai ficando por dizer época após época. E as pessoas vêm falar-me em coisas impossíveis, em sobras, em paixões platónicas, em esperar por quem não vai chegar. E eu contesto. Aprendi que impossível é não querer-te, que as sobras são para quem te vê chegar depois de me prenderes os lábios sem saber que com os lábios me levaste o coração em tempos que já lá vão…
Marisa
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