CRUZ

 

CRUZ

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CRUZ

 

Cruz que carrego em minhas navegações

Atordoam meus neurônios, exaustam-me.

São fatos que a vida me deu de presente

Despejou em meu ser este sofrido aposento

 

Solidão me maltrata nesta conjunção errada

Tira de mim o abraço do amor desejado

Coroa minha cabeça num presente tão amargo

Deitam-me em leito por mim renegado

 

Cruz dos meus dias vividos, rastejados.

Uma bola de neve sem contagem regressiva

Que dançam sobre o vento num ardor tão passivo

 

Prego bem fincado, dívidas infinitas dos meus pecados.

Cubro-me com um véu, unjo minha cabeça em orações unificadas.

Em prol de um amanhecer mais ameno e mais tolerante em meus dias.

 

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