Sou o teu amor perdido. Vejo-te a seguir os trilhos da tua vida, ainda que, a sintas incompleta. Sim, eu sei disso. Sei também que passas-te a contornar os caminhos que pisámos. A lembrança faz doer? A mim faz. Sei que te perdes em outros braços e, em vão, porque até o teu corpo te trai, tendo gravado a minha pele. Imagino-te com insónias a olhar para a nossa foto, com ela a dormir ao teu lado. Possivelmente iludiste-a com palavras bonitas, se calhar até repetes o que me dizias. Lembras-te? Amo-te, para sempre. Sempre minha. Secretamente no meu íntimo, soube apenas da minha parte que te amarei. Talvez ames, mas já não ouço a tua voz. As nossas imperfeições falaram mais alto do que o amor. Mas, que merda fizemos nós para o fim ser a solução? Estás infeliz, apesar dos anos terem passado. Eu estou infeliz porque sinto o vazio num abraço mentiroso. Não és tu. O meu sorriso não pertence a ninguém, mas estou sempre a espalhá-lo. Isto porque, lembro da tua exigência para sorrir sempre, só porque gostavas de me ver rir. É uma questão de continuar a agir como se tu ainda estivesses comigo. Vou sobrevivendo… és o meu amor perdido também.
Sei que ignoras as estrelas, porque eu num entusiasmo infantil, fazia-te deitar no jardim a observá-las. Às vezes rias, mas acabas-te por gostar de o fazer. Tu sabes que sou a romântica à moda antiga. Por isso, sei que não fazes o nosso ritual com ela. Eu conheço-te tão bem ao ponto de saber isso. Eu continuo o nosso ritual, no nosso cantinho.
Continuo a ver-te nos meus sonhos. Continuas a ser o impulso a obrigar-me a sair da cama para viver. Espero reencontrar-te em breve. E num sorriso como da primeira vez, que fiques comigo para sempre. Já comecei o nosso para sempre, mas regressa… porque tu sabes… eu sou o teu amor perdido Acha-me!
Nunca saí debaixo das estrelas. É aqui amor, vem…
E ele foi.
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