TEATRO DO CRISTOZÉ

 

TEATRO DO CRISTOZÉ

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A PERFORMANCE

A busca do desenvolvimento pessoal é um dos princípios centrais da arte da performance e da live art. Não se encara a atuação como uma profissão, mas como um palco de experiência ou de tomada de consciência para utilização na vida. Nele não vai existir uma separação rígida entre arte e vida. (Cohen, 1989, p. 104)

Na Performance, o  criador e a criatura ocupam um mesmo “corpo”, são como que uma mesma coisa. A criação desta Obra está, por demais, ligada à personalidade do artista. Desprende dos recursos disponíveis ao Performer. Enquanto elemento histórico e cultural é, ainda, para além da linguagem, uma manifestação filosófica e estética.

Elementos de uma mesma linguagem, o limite entre o interpretar e o protagonizar, onde limite entre a realidade e a ficção, onde limite entre Arte e Vida é de complexidade conceitual.

Está na analogia que fazemos entre os dois processos de criação humana no campo da estética (processos específicos, mas que encontram intersecção), o processo “da criação elementar à criação complexa” e o processo de “homem inteiro e homem inteiramente formado”, onde se encontra o cerne de nosso trabalho.

“Embora tenhamos como pressuposto a precedência da objetividade, o papel da subjetividade no “ir-sendo do ser social” (MAGALHÃES, 2003) é fundamental, pois só com o entendimento se torna possível o conhecimento do ser social de determinado momento histórico.” (F-M-M-L, 2012, p. 111)

Estes processos são siameses, um encontra sua razão no outro, contudo, por uma questão de metodologia, optamos por identificar o processo de produção social, àquele que objetiva a produção de um elemento artístico precedendo o processo de desenvolvimento pessoal, de caráter psicológico d’aquele que surge como objeto de uma dialética determinante do processo homem inteiro e homem inteiramente formado.

Para tanto, identificamos o processo “da criação elementar à criação complexa” como aquele que descreve as condições e os modos de produção de uma obra observando as ações e atitudes assumidas pelo criador para dar forma final, acabamento, à coisa (obra) que “a priori” era apenas uma abstração.

Por sua vez, o autor vai se descobrindo neste processo, mediado pelas relações sociais e culturais. A Obra é formadora daquele que dá forma ao imaginado.

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