A caixa dos sentimentos

 

A caixa dos sentimentos

Português

  

O Amor andava ansioso para descobrir

o que o Coração andava pensando.

 Por mais que tentasse descobrir,

 sempre o Coração encontrava

 uma desculpa para escapulir.

 O Amor já havia habitado esse mesmo Coração,

 mas já fazia muito tempo e ele morria de aflição,

 porque não sabia como seria recebido pelo Coração.

 Inventava mil maneiras para se aproximar,

 mas o Coração não abria as portas para o Amor entrar.

O Amor então tomou uma decisão:

 Procurou o Coração e pediu a ele permissão,

 para dar só uma olhadinha,

 para ver como andava o coração.

 Bateu à porta e percebeu

 que a fechadura estava enferrujada,

 tal o tempo em que aquela porta permanecera fechada.

 Talvez o Coração nem soubesse dessa triste condição,

 porque passava a maior parte do tempo na escuridão.

 O Amor entrou,

 acendeu a luz do Coração

 e percebeu que  ali que haviam sido

 guardados um tesouro,

 que valia muito mais do que o ouro,

 reluzia tanto que ofuscava a visão do Amor.

 O Amor se aproximou

 e encontrou uma caixinha fechada,

 com uma fita amarrada.

 Desatou a fita

 e foram saindo de dentro da caixinha

 os sentimentos que o Coração

 havia guardado:

 - A felicidade, o Afeto, a Ternura,

 a Sensibilidade, o Amor e a Candura

 e vários outros sentimentos,

 que o Amor foi recolhendo,

 a medida que eles iam aparecendo.

 De posse de todos esses sentimentos,

 o Amor chamou o Coração

 e a ele confessou,

 que gostaria de viver para sempre,

 morando naquele coração,

 e os dois então decidiram,

 que as portas jamais se fechariam enquanto houvesse emoção,

 e o Coração aceitasse viver com toda essa ilusão.

  

Débora Benvenuti

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