A definição indefinida do amor

 

A definição indefinida do amor

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Amor. Se calhar é demasiado importante e merece um pronome atrás. Assim: O amor. Ou não? Usa tão poucas letras do abc. É tão pequena a palavra. Mas o significado é tão grande. Poucas folhas do dicionário se viram para encontrar amor. Mas se calhar, o que é para mim não é para ti. Confuso. Será que os meus globos oculares, dando um nome pomposo aos olhos, vêem o mesmo que os teus quanto ao amor? Calma. Mas o amor vê-se ou sente-se? Ou os dois? Às vezes o amor é inexplicável. Ou isso é só um clichê? Eu acho que não. “Amo-te”, às vezes parece piroso ou ridículo. “Love you” soa sempre melhor. Não querendo ter a mania que sou biling. Não sou. De todo. Não chegando sequer a escrever a palavra amor, qual é o seu significado? “Gostar muito de alguém” será sinónimo? Ou pseudo sinónimo, e amor é muito mais do que isso? Só faço perguntas. Mas, será que amor não tem sinónimo e são tudo uma cambada de “Wannabes”?  Não sei. Ou se calhar sei. Quando uma coisa é difícil de explicar por palavras inevitavelmente sai-nos: “por exemplo…” ainda nem explicámos nada e já introduzimos um exemplo, é mais fácil. Dizem que os jovens não sabem o que é o amor. Então quem sabe? Um idoso de 80 anos desprezado pela família e esquecido no canto de um lar? A sabedoria vem da vida vivida e da experiência directa. Mas eu, não me atrevo a dizer que sei o que é o amor. Medo do erro. E se eu disser que sei algumas vertentes do amor? Pareço intelectual? Talvez. Mas é verdade, o amor de pai ou mãe para com um filho é diferente do amor entre marido e mulher. Duas vertentes diferentes. Como é que se transmite o amor? Por um abraço? Por um beijinho? Acho que sim. No que toca a mostrar o amor, as palavras não valem muito. Os gestos falam bem mais alto. O amor tanto pode ser fácil como pode ser muito complicado. Complicado? Complicadíssimo. Às vezes dói a barriga quando se passa por determinado momento. Não, não é preciso explicar qual momento, determinado repito. Será que o amor é tão forte que todos os nossos órgãos se unem para lhe resistir? Ou é apenas para o conseguir viver? Não basta sentir amor, é preciso saber viver com ele. Há uns proibidos dizem. Será fruto das fábulas o amor proibido? Acho que não. Incompatível pode ser a palavra adequada. Sinto que só fiz perguntas. Talvez porque não sei responder. Talvez porque não vivi o suficiente e não conheço o que é o amor na totalidade. Posso ser menos exigente. Considerar que “gostar muito” é amar. Fazer tudo por outra pessoa é amor? Claro que é amor. Perigoso este meu “claro”. Decidi arriscar. Acho que as pessoas vão viver com o amor mas não vão saber explicar nunca o que é. Porque… Porquê? Não sei nada. Ignorante? Não. Pouca idade. Era engraçado se eu contasse quantas vezes disse amor neste texto, podera, é sobre o amor que estou a falar. Só na frase anterior disse amor duas vezes com mais a que disse agora já vão três. Mas o amor nunca se gasta. O amor em si é eterno. Por alguém é que pode ou não ser. Depende. Que texto tão grande para não dizer nada. Acho que este significado é feito de perguntas e dúvidas e inseguranças. O importante é viver o amor. Sempre. Se não formos amados somos o quê? Não sei. Mas não somos felizes.

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