Gloka

 

Gloka

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Os humanos são o nosso trabalho diário, somos como que obrigados a cuidá-los para manter a essência e organização de todo o Universo, não são algo que escolhemos. Como nos poderíamos afeiçoar a tais coisas? Apesar da nossa superioridade, também aqui há algumas lendas, contos e historietas, mas nós não causamos discussões ou zangas por elas. Há uma lenda milenária de um de nós, que se afeiçoou demasiado a um humano. A sua insanidade levou-o a tentar tornar-se num gloky para poder ir ao mundo dos humanos , mesmo que isso lhe custasse a vida e a memória de quem era. Ao nascer como humano não haveria garantias de conservar a memória, ou que quer que seja pertencente ao nosso mundo. Existem várias variações da mesma lenda. Uns dizem que ele achou a Terra tão cruel que se suicidou como humano para voltar à Gloka e nunca mais daqui sair. Outros dizem que ficou humano para sempre ignorante e alheio ao nosso mundo. E ainda há outros que dizem que nunca pôde viver o mundo humano sequer, por ser declarado doente mental desde tenra idade devido ao que falava do nosso mundo e que, claro, nenhum humano jamais acreditaria. Que ideia tontinha largar o nosso mundo pelo deles!  Não temos o saber nem o poder para determinar quando será o fim dos humanos, até porque estamos ligados de tal forma , que o fim da humanidade decerto nos afectaria em algum ponto. E a verdade é que eles autodestroem o seu próprio mundo. Há pouco tempo tive o Charles que escrevia livros duplamente catastróficos sobre meteoritos e asteróides e buracos negros e não sei que mais coisa inter galáctica que vinha destruir a Terra. A sério Charles?! Se bem me lembro os teus olhos funcionavam bem, mas não conseguias ver que não precisas de nada extra terrestre para que a humanidade morra? Vocês próprios são a cura e o veneno. Charles, pobre Charlie, recordo-me como se fosse agora, tiveste uma morte caricata, escorregaste num dos teus moldes de meteoro, caíste , bateste com a cabeça e morreste. Sim afinal, tu e só tu, morreste por culpa de um meteoro."

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