A Nossa Existência

 

A Nossa Existência

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A Nossa Existência

Sentado aqui, neste passeio frio;

Apercebo-me da existência do Céu.

Procura a explicação da existência do Eu.

Continuo a olhar, mas o Céu…

Apenas me quer mostrar,

Que tem pontos pequenos e grandes;

Que só sabem cintilar!

De mim…não diz nada…

Já sei! Perguntei à pessoa errada!

Mas…a quem vou perguntar?!

Se tu, ò grande Céu, não sabes responder,

Diz-me ao menos…

A quem devo consultar.

Neste momento só estamos nós;

E por isso resolvi-te perguntar.

Mas tu apenas mostras,

O porquê dos seres de binóculos

Gostarem tanto de te observar.

Ò Ursa! Ò Orion!

Diz-me a razão da minha existência!

Ò Caçiopeia…

Explica a minha situação…

Mas além mais do que preocupação;

Quero eu saber,

Para que serve ser inútil como Eu.

Mas tu, ò grande Céu!

Apenas mostras tua beleza;

E Eu, aqui sentado neste passeio;

Apercebo-me da tua Grandeza!

Aos olhares do Mundo Cruel,

Só Universos como tu,

Têm grande importância.

E se ela se deve ao Rei dos Céus…

A quem se deve A Nossa Existência?

Sei que também é ao Rei dos Céus,

Mas explica-me tu, ò grande…

A razão da Minha Existência.

Neste Inferno figurado;

Somos cobaias e pequenos servos,

De fenómenos como tu!

Se houvesse cabeça, neste Mundo,

Coisas como tu…

Não tinham tanta aparência!

E aí sim! Eu explicava-te a Razão da Minha Existência…

Pois se a Existência do “Nós”,

Fosse importante…Não havia destruição!

E coisas como tu ficavam para outra ocasião.

Afinal, até sei, o porquê da Minha Existência…

Mas também sei…que não serve de nada!

Só coisas como tu…

É que são Sagradas!...

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