SEGREDOS DO SILÊNCIO

 

SEGREDOS DO SILÊNCIO

Portuguese
Fotógrafo: 

À noite, ou melhor, ao repouso do crepúsculo,

Mergulho até encontrar minha janela secreta ao mundo.

Ali ou aqui

Eu e ela ou Eu e Eu

Ou na dúvida, o simples “nós”,

Insisto no aqui, já e agora;

Entretanto, alguém emudece;

Não cresce, não enregela e não padece.

Sem nenhum som e total ausência de alguma existência

Torna-se inviolável à própria dualidade escondida

Que, outrora, por algumas frações de questionáveis minutos;

Esvaía-se em prantos, arrependida.

Esta janela permanece do mesmo tamanho

Os questionamentos aos mistérios permanecem;

O segredo do silêncio ainda é o tesouro perdido

A dualidade duela com lágrimas e entretenimentos

Mas, a arte de conhecer os mistérios escondidos;

Ainda sim, procuro saber e entender.

Há momentos que não a ouço e nem a vejo

Mas, ainda sim, aceito compreender o incompreensível;

Sim, compreender a incompreensão do nosso ser;

É abarcar o desafio da origem do grande segredo do silêncio.

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