Memória

 

Memória

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Memória

A brisa que, agora, faz

Os meus cabelos levemente ondular

Depressa, ante meus olhos, traz

A lembrança do que viram passar.

A água que cai do céu em pranto

Lembra o mar todo inteiro

Tira-se a gota do dilúvio lembrado

E pelo beijo o amor verdadeiro.

Assim como o sol, que leve doirar,

Desperta em mim o verão quente,

Uma vez toma-se por gente.

E as mãos frias, tocando, a lembrar

As minhas, com passiva calma,

Os dias quentes em que tocavam a alma.

 

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