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Português

Que olhos, que coração,
Que espelho que reflexão
Tanta dor emergida numa face só
Lagrimas secas, tristeza solida que me deixa em nó,

Querer que não peça nada
Vontade que não fala
Silencio agonia,
Grito de uma vida sem euforia.

Traços do sol,
Traços da lua
Traços do desdém do farol
Sumula da vida nua.

Olhos de chuva
Que em meu corpo desaba tristeza
Silencio, palavra que em meu ouvido uiva,
Filosofia desconhecida e desmorrida nessa parte da natureza.

Quem fez essa esmola da esquina
Quem deixou por parir um ódio triste
Um corpo morrido da vida rosnando que culpa veste.
Imóveis seus olhos me contam a tristeza dessa ilha

Corpo vão, impenetrado pelo vício
Corpo este que a vida deixou pelo caos e opio
Um sorriso esconde no avental das tuas lagrimas
O seu olhar me conta o mais puro segredo deixados por estas almas

Não apaga os olhos ainda há algo para se ler
Debelado do escuro, e, medo não parece que o ter,
Sem palavra meu silencio a sua deixa algo para se falar
Sem gesto e em silêncio paira um símbolo na cúpula desse altar

Nesse ermo que não ventila
Esmorecem e cai no alto dos meus olhos uma lagrima oculta
No silêncio do meu pensar morra uma culpa
Seu silêncio me deixou nessa orgia.

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