Acaso

 

Acaso

Português

“O inesperado condiciona-nos os momentos mais fantásticos e ordinários desta vida.”

 

Acaso

 

A chuva caminhava

percorria a via do céu à terra

ninguém lhe dirigia palavra

por ser um acaso desta esfera…

A chuva inundava,

como paixão que arde

desde algum tempo aonde não se vê…

Que desde cedo, cresceu até tarde

 e no seu interior não sente, só crê…

A chuva divaga, inerte

sim, e acredita haver sempre algo

inesperado p’ra quem desconhece

a sabedoria onde não há estrago,

e o erro humano jamais permanece

qual acaso do destino

enobrecendo nuvens de um céu

escuro, mas de brilho divino

puro, ingénuo e sem véu…

Acaso com mistério e vergonha

que não tem em conta o futuro

só anseia o amor que vem na cegonha

p’ra amolecer até o coração mais duro…

Acaso provocando a união

de dois seres independentes que se conjugam

para os quais jamais haverá separação

pois qualquer defeito subjugam…

Na natureza a sede findara

e a chuva enfim descansava,

pensava por um só momento

que o acaso desta vez transformara

dois corações num válido sentimento.

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