Agosto

 

Agosto

Português

Agosto

 

Na métrica dos dias

Ritmado pelo calor do estio

Chegou Agosto

Oitavo de Jano a Augusto

No império milenar da vetusta Roma.

 

Agosto

intempérie no brasido da aridez

Que insola os corpos brandos

E os transforma em sal que alaga

Queimando goelas ressequidas.

 

Agosto

Tempo de morder frutos maduros

Horas  de contar estrelas cadentes

Beber a água fresca nas fontes dos caminhos

Ir em busca dos areais atlânticos

Cheirar a maresia que o vento entrega

Molhar os pés nas ondas que rebentam.

 

Agosto

Estação plena e farta

Sonhos agitados das gentes

Que a Vida existe

Na luz incandescente

Solar, afogueada

Afugentando as trevas.

 

Das noites que ainda estão para vir.

 

 

 

 

Género: 
Top