Da casa onde eu vivo...

 

Da casa onde eu vivo...

Português

Da casa onde eu vivo, avisto no horizonte,

Todas as coisas do mundo, todas as alegrias,

Avisto ainda a aldeia que me mira, ali defronte,

Como se um dias voltasse a fazer mil tiranias

 

No tempo em que era criança

Por alturas do Carnaval

Brincava, com confiança,

Pelas ruas, pelo Quintal,

 

Hoje, contudo, tu, Sol, desejo

Que a cada dia me despertas,

Iluminas as ruas e eu, apenas vejo,

Que estão vazias, desertas!

 

Quem me dera a terra cheia

Das gentes que conheci

Mas a memória só desfeia

Os momentos que em ti vivi

 

Porque hoje a minha aldeia

Que me ajudou a criar

Apenas de ruínas está cheia

Como um fantasma a pairar!

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