Danço

 

Danço

Português

Em flamas de vida, jogo memórias.
O vento leva as cinzas de palavras vagas,
paliadas de um querer aparente.
Fui carne, tu eras alma.
Revinda nesta fogueira, danço liberta pelas chamas que escalam,
meus gestos em traçar deste soltar de alma,
purgando as cicatrizes que saram a cada esvoaçar de nimbo.
Fogos purificam algias do teu encapotamento ilusório.
E danço, danço como se ao sol pudesse chegar,
alma indene do teu pensar.
Danço por cada lágrima,
danço por cada anseio.
Danço até que alforriada de ti,
novos passos empece.

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