Em tempos quis o mundo inteiro

 

Em tempos quis o mundo inteiro

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Em tempos, quis o mundo inteiro,
Hospedado no peito, redondo e obeso,
Perpétuo como um relojoeiro,
Um peito de soldado raso, desconhecido…
 
Era criança e havia amar,
Eternidade, justiça e razão…
E um lar… um veleiro vulgar,
E um timoneiro sem tripulação.
 
Hoje sou ilícito e estrangeiro,
Partido fui; metade do coração, eu entendi…
E o mundo que já cobicei como o ouro, era outro
Ficou perdido, em nenhum outro lado, fora d’mim.
 
Acabei por fim, a não pensar em nada,
Até que acabou o meu tempo,
Escondido numa caixa enganosa, redonda…
Num habitual descontentamento.
 
 Eu…a quem o mundo não bastava,
(Se nem eu, nem ele sabíamos que o outro existia)
Agora, pouco do que tenho e sinto, é seu…
Nem isto que escrevo, indefinido e a eito, sem serventia…
 
Basta hoje o dia não ser tão feio,
Pra ver no céu fiel a alegria que sinto ainda no peito,
Porque na terra, o que esperava não veio,
A minha alma foi sepultada num árido e seco deserto.
 
Joel Matos (04/2011)
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Em tempos, quis o mundo

Em tempos, quis o mundo inteiro,

Hospedado no peito, redondo e obeso,

Perpétuo como um relojoeiro,

Perpétuo como um relojoeiro,

Um peito de soldado raso, desconhecido…

Em tempos quis o mundo

Em tempos quis o mundo inteiro 

 

Em tempos, quis o mundo inteiro,

Hospedado no peito, redondo e obeso,

Perpétuo como um relojoeiro,

Um peito de soldado raso, desconhecido…

 

Era criança e havia amar,

Eternidade, justiça e razão…

E um lar… um veleiro vulgar,

E um timoneiro sem tripulação.

 

Hoje sou ilícito e estrangeiro,

Partido fui; metade do coração, eu entendi…

E o mundo que já cobicei como o ouro, era outro

Ficou perdido, em nenhum outro lado, fora d’mim.

 

Acabei por fim, a não pensar em nada,

Até que acabou o meu tempo,

Escondido numa caixa enganosa, redonda…

Num habitual descontentamento.

 

 Eu…a quem o mundo não bastava,

(Se nem eu, nem ele sabíamos que o outro existia)

Agora, pouco do que tenho e sinto, é seu…

Nem isto que escrevo, indefinido e a eito, sem serventia…

 

Basta hoje o dia não ser tão feio,

Pra ver no céu fiel a alegria que sinto ainda no peito,

Porque na terra, o que esperava não veio,

A minha alma foi sepultada num árido e seco deserto.

 

Joel Matos (04/2011)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Em tempos quis o mundo

Em tempos quis o mundo inteiro 

 

Em tempos, quis o mundo inteiro,

Hospedado no peito, redondo e obeso,

Perpétuo como um relojoeiro,

Um peito de soldado raso, desconhecido…

 

Era criança e havia amar,

Eternidade, justiça e razão…

E um lar… um veleiro vulgar,

E um timoneiro sem tripulação.

 

Hoje sou ilícito e estrangeiro,

Partido fui; metade do coração, eu entendi…

E o mundo que já cobicei como o ouro, era outro

Ficou perdido, em nenhum outro lado, fora d’mim.

 

Acabei por fim, a não pensar em nada,

Até que acabou o meu tempo,

Escondido numa caixa enganosa, redonda…

Num habitual descontentamento.

 

 Eu…a quem o mundo não bastava,

(Se nem eu, nem ele sabíamos que o outro existia)

Agora, pouco do que tenho e sinto, é seu…

Nem isto que escrevo, indefinido e a eito, sem serventia…

 

Basta hoje o dia não ser tão feio,

Pra ver no céu fiel a alegria que sinto ainda no peito,

Porque na terra, o que esperava não veio,

A minha alma foi sepultada num árido e seco deserto.

 

Joel Matos (04/2011)

http://namastibetpoems.blogspot.com

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