Eu hoje gosto da praia...

 

Eu hoje gosto da praia...

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Eu hoje gosto da praia...

Como nunca meu amor como nunca,
E talvez assim fique...
Loucura em que me principio e precipito,
Violentamente,
Farto disto, que é só amar uma pedra...
E dezenas delas eu quero...
Tal violência é essa a de rebentar com as amarras;
De correr descalço entre as planícies,
E mergulhar entre as flores e as fontes... 
E cada vez mais querer outra vida...
E cada vez mais outra crer...
Nesta vida princípio e norte,
A força da loucura!!!
Sonho absorto e talvez, forte...

Mas todos os dias, as pedras das calçadas são as areias da praia,
E Deus sabe que talvez um dia,
A força do mundo me nos seja presente...
E até mesmo nesse dia, essa vontade a sua presença entre elas...
E o que resta aos outros todos???
Prazer e glória, amor taciturno e paixão forte...
Alguma coisa que me pareça,
Amor que não dói mas foge,
Presença àquilo que me seja menos,
Mar que aterra até ao extremo poente onde os peixes todos,
Mas todos, são a raiz fundamental,
Que se contorna envolto de todas as terras e de todos os mares...
E se cruzam nos poentes,
Onde as nascentes são as cores de todos os homens,
E barcos caem até aos montes onde descem e sobem de novo,
Porque vive neles a identidade de ser a força que em si nasce...
Onde??? Onde!!!
Só o homem livre é o medo de ser tempo entre as vontades,
Onde? Onde!
Berro e envolvo todo o oceano,
E essa mesma respiração é forte e cristalina,
Me consome quando a inspiro,
E depois disto o mundo é a minha força que tenho nos meus braços,
Depois do mundo a onda envolve-me o pensamento,
Aquela mesma onda, aquela mesma força,
Aquele mesmo amor e sempre pela presença dessa água que me faz sede...
E depois vejo o amor incendiar povoações, encalhar no mesmo porto,
Infiltrar-se no mesmo destino onde a água desce de volta do cimo dos montes,
E eu ter essa beleza entre a loucura que principio
E o fim dos meus dias onde de repente começam
E revolvem-me o mesmo sonho que me deixa farto da poesia e versos
Encalhados onde o sol desponta e o frio se faz e de novo,
No inverno da praia e do mar,
Faz de mim a morte da tristeza de viver na cidade e de nunca ir à praia...

Porque meu amor a praia,
És tu onde a vontade de te ter ao pé de mim é a minha vontade,
E essa mesma vontade, a tua mesma presença...
Meu amor a minha presença na tua ausência...
E tu, meu amor, a nossa ânsia...

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