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Na exaustão da pele, na quebra
contínua dos dedos que passam,
Ela chora,
chora sem saber porquê,
chora lágrimas salpicadas de cansaços,
com sonhos traídos temperadas,
a cruéis punhais moldadas,
inundando de vazio
o corpo inerte e os olhos baços.
Para quê porquês, para quê estradas?
A alma não é fresca, não é sagrada,
a alma é pó, cinza e nada
que se perdeu e não se soube encontrar.
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