Menina

 

Menina

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menina

Menina...hoje chora à vontade

cai por terra

rasga te ! abre te e tira o sentimento que doi

Arranca-o , aperta o e despedaça- o em mil pedaços 

atira o contra a parede , grita

Grita bem alto a tua dor ...

Deixa sair tudo de uma vez , esvazia o peito .

Levanta te! Já !

Pisa o sentimento , anda! 

Não ouses Olhar!

Abre o armário , tira a melhor armadura , veste a !

Respira fundo !

Lava o rosto, começa a pôr a máscara

labios vermelhos, risco preto nos olhos , blush nas faces 

Olha te ao espelho , ensaia o sorriso!

esvoaça o cabelo.

Olha agora para trás

Vês os pedaços de dor , Apanha um !

Guarda o no peito, sai !

Vai brilhar os outros não sabem... 

Menina guarda o pedaço para saberes até onde podes ir

 

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Ás vezes

Às vezes esquecemos  

o que somos 

donde viemos

esquecemos 

de nós 

de viver

esquecemos quase fortuivamente de onde viemos 

do nosso percurso

esquecemos 

que somos gente

como toda a gente

que somos feitos de sentimentos

ás vezes perdemo nos 

caimos

em nós proprios

ás vezes agarramos os sonhos

equilibramo nos 

somos gente 

como toda a gente

erramos 

escolhemos

rimos 

choramos

somos gente

vamos em frente 

recuamos

aceitamos 

negamos

navegamos

somos gente

vemos o que queremos ver

vamos até ao limite

em nós voamos

soltamos

como toda a gente

olha me 

olha me 

alguma vez me olhas te com lhos de ver

vistes as minhas cicratizes 

vistes a minha armadura 

olha me 

que vês quando passo na rua 

sentes me ?

eu não quero que me olhes

não quero a tua piedade

não quero que te aproximes 

olhas me ??

que sabes de dor

que sabes de sentimento 

és rancor

olhas me de onde ??

sabes por onde andei

não me olhes

não respires o mesmo ar que eu 

não soletres as minhas palavras

regogita te com o abalares

com o saires

aqui não és nada

não passas de pó incandescente

que queima que abrasa 

volta ao que eras 

liberta te

que vês para lá do horizonte ??

um tudo ou um nada ??

o nada não existe

 

não me olhes

não me olhes

se alguma vez me vires chorar 

olha para o lado

se alguma vez me vires chorar

sai de perto

se alguma me vires chorar

faz que não e vês

se alguma vez me vires chorar 

mete te a um canto

 se alguma me vires chorar finge que lês 

 se alguma vez me vires chorar

 será por horas por minutos segundos

se alguma vez me vires chorar 

lembra te 

sou grande 

alta

forte

se alguma vez me  vires chorar 

a vida segue

se alguma vez me vires chorar 

esquece 

 as minhas lágrimas são dor pavorosa

saiem de dentro

começam no peito

 sobem pela garganta 

aperta 

e falta o ar

sobe mais entra pela cabeça 

uma dor fina 

agulhas em brasa  a trespassar o cerebro

se alguma vez me vires chorar desengana te 

é um tudo e um nada 

 tive nada e tive tudo 

tenho tudo e sinto nada

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