(Narr)ação do Eu

 

(Narr)ação do Eu

Português

Estranho estes ossos
mascarados de fartura,
onde habito.
O espelho reflete-me
mas os olhos não crêem.
A alma boceja, um enfado
preso aos afagos da alma
que me tenta iludir.
E a consciência tão plena de mim
tomou-me de assalto
e jamais permitirá que o coração desminta
a verdade que abraça todos os dias
um esqueleto tolhido pela inquietude do sentir,
que assoberba os sentidos e se desama.

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