O POETA

 

O POETA

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          O POETA

 Sou ave brejeira que se opõe ao tempo
Lânguida noite quente e seresteira
Cântico ungido de rima festeira
Da alma invencível o rebento

Sou um rio longínquo e fecundo
Berço dos sonhos secretos
Divindade, humano e objeto
De abstrato clareio o banal e o profundo

Sou o silencioso e explicito riso
O grito na dor dos destinos
Um voraz prazer clandestino
De um filho que clama por exilo

Sou o olhar infinito e a porta aberta
A voz precisa na palavra torta
A ideia perfeita que a mente aborta
Uma brisa de mar, um sereno lunar, o poeta.

 

            Sidney China

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Sou o olhar infinito e a

Sou o olhar infinito e a porta aberta

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