Ode para quem o coração se quebrou

 

Ode para quem o coração se quebrou

Português

O abandono faz da alma um lugar sombrio, pleno de isolamento fúnebre. Surge como um selo num embrulho simbólico para um remetente da escravatura, o aprendiz do caminho árduo.

Na mesa solitária em que se senta, debate-se em prantos agudos que o consumem. Os cantos do seu quarto, todos eles são como altares em ode à ingénua Primavera, preenchidos de jovens flores que murcham perdendo o vigor e a força, caindo no esquecimento e enxotando-o para dentro de si mesmo. Recolhe-te, dizem elas.

Não há conforto para a alma que derrama dor como torrentes de sangue que escorrem livremente sobre a terra aonde a guerra se intensificou.

O desejo por uma carta selada, repleta de utopias é eminente, mas o abandono fala mais alto avisando que já há muito tempo o remetente para outras paragens se mudou. 

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