Pelas margens de ti

 

Pelas margens de ti

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Pelas margens do rio que há em ti, comtemplei as mais belas paisagens...

Pela corrente deste teu leito, essência em ti, deixei-me levar, deleite cristalino de um só suspiro que desta transparência de tuas águas eclodia, fervilhar de lagrimas, simples transpirar. Pelas margens deste rio que corre em ti pude sentir a alma deste teu único ser, e na envolvente fragância que dela emanava, a volúpia misteriosa desta balsâmica forma de estar em ti.

Pelo rio que há em ti, à margem não consegui mais ficar, mergulhei na limpidez de suas águas, como que se na transparências de uma ínfima sensibilidade reflectida me deixasse afundar, fundear de cumplicidades que no ondular deste rio só teu, cadenciava o voltar do meu ser a margem deste leito imaginário, e nesta catadupa envolvente entre o ir e o voltar, embriagava-se o meu ser em ti.

Pelo rio que corre em ti e que em mim veio desaguar, deixei o meu ser nas suas margens e a minha alma no seu leito, para mim, de ti voltar, e nesta corrente, rio de ti, me ancorar.

Correntes que no fundo da alma se prendem, e na corrente dele rio em ti se desfazem, neste ondular sentido que ele meu ser pelas margens de ti ousou imaginar, contemplação de um rio que há em ti.

Pelas margens do rio que há em ti, o acordar de uma paixão que pelo seu leito se deixou levar, e em mim veio desaguar, numa inebriante forma de amar.

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