"Phallu" de Pompeii!

 

"Phallu" de Pompeii!

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Phallu” de Pompeii

Estou ciente da minha reputação canina, na minha menor dimensão, pequena pequenina e rasa, busco no conflito o acto de contrição, mesmo onde não divirjo, concordo fielmente e apenas comigo próprio, não finjo amizades nem as rejeito, em mim a discórdia é metafísica de paciente inglês, proficiente e proeminente, mesmo que ele/ela se guardem castos em imaculados pedaços de granito, palhotas de negros/pretos na África pisada por brancos com dentes podres, na cama de acrobatas circenses ou em frente a espelhos baços, costas com costas, rabos com rabos ou sob um velho frigorífico ferrugento, não recolho das palavras preferencialmente a estética, a coerência ejaculo-a, ejaculo e aposto nas mais desfavoráveis, desagradáveis, nem as mais estéreis me assistem como fronha, integras palavras ainda me servem de cachimbo na raia da boca torta, nos queixos urbanos, assumo-as desaprumadas, sujas e fodidas quando digo “vai pro caralho” ou ”pra puta que te pariu”, sigo um carreiro e tenho curto poiso nas estradas asfaltadas , tenho como princípio básico o signo das emoções fortes feias, sujas, horrendas, não penso com frases perfeitas, não rimo nem as peso em função do estilo, da linha do momento, não as arrumo no comprimento do prepúcio, do pensamento, não preciso dele, mas de algo mais que aprofunde, que vaze, extravase do que falo, “Phallu” de Pompeii, de Pompeu o Druso, o urro do Minotauro, assim como da ciência do fauno, do prelúdio no sexo, a da criação do fogo, da instabilidade do mundo, da inabilidade do líder de lidar com os sentimentos abjectos dos seus cativos e ao de cima do coiro cabeludo dele mesmo, do parapeito onde o dragão se imola de inaceitabilidades animalescas, no choro puro da criança ao vir ao mundo, do açoite no rabo. Esta a minha magnifica essência, apenas a vontade dura me interessa, a animalidade, a fúria do álcool etílico, das ideias, a respiração débil do ultimo Messias que veio ao mundo, a inspiração depravada de Eneias, das conquistas e o meu ser vil despedaçado e desprovido de inúteis bagatelas, ninharias, provido de pesados pesos e ironias virgens, como aquelas em que me tenho aplaudido e de que me acuso, de opróbrio e de má reputação, sevícia, anormalidade bruta, mesmo que me saiba a cru, não reduz o que digo num ponto, numa virgula, ouço-me rir das possibilidade que tenho e num segundo plano para Jesus e todavia tais poderes renego, como próprias da natureza estranha e minha que esgano com exageros exagerados e coisas demais incriadas, que guardo no centro da mão direita, a do “falo” criador, aquele com que pinto de verdade e em sémen, exteriores descoloridos de triunfo beato e sargetas de perfumes sequer meus, mas de mim mesmo impressos, desagradável incomodativo e severo como um caralho primitivo, o carvalho do Druída, Compreendo que me fixem nos olhos e digam que sou incapaz de sentir, mas a minha riqueza é a sensibilidade como nos dedos um cego a prudente descrição dos céus pode ser uma experiência divina ou a nudez de uma puta de estrada vista como uma donzela gaiteira na descrição minuciosa de qualquer míope estrábico descreveria provas as amorosas curtas breves insonsas desta como as mais prazerosas, lascivas no universo. Me seduz do canhão, as ogivas, as orgias do carnaval, a dinamite a antracite, os segredo nas profundezas difusas de uma garganta funda ou na almas nos assassinos homicidas e pedófilos deste mundo e dos outros, dos mais feio, a mecânica nos ignorantes, nos idiotas, a dos monstros não acidentais nos músculos e na cabeça, do falso transeunte em busca da vítima no escuro, na esquina, contra o muro, da marreta, do esmagamento dos membros, no peito do carrasco ao carcereiro, tudo isso me interessa porque é imundo assim como uma linhagem primitiva de passados que evolui e que evoco com consciência mórbida e estado de alma pungente, embora recuse uma outra reputação por não ser minha nem eu algo que estagnou, a sensação dum lago morto, abrupto, sendo eu o da monstruosidade assumida, o da má-fama, a espuma negra do nojo, o “Phallu” de Pompeii ou o escroto do Basileu em Mycenae, na antiga Grécia …

 

 

 

 

Joel Matos ( 18 Fevereiro 2021)

 

 

 

 

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