Um poema esquecido.

 

Um poema esquecido.

Português

Na cabeça, tinha um belo poema,

consigo ainda sentir, por entre as sinapses,

retinir a sua beleza.

O poema, porém, não o recordo.

 

Era belo, sei-o, dos mais belos já esquecidos,

daqueles cuja beleza só pode inspirar-se nas musas,

inspirados, em ti, por ti e para ti, em mim.

Sim, assim tão belo. Como tu.

 

 

Na cabeça, restam-me fracções de um belo poema,

esquecido, como se esquecem as cousas belas

e inefáveis. Urente sentimento persistindo no oblívio,

 

urgindo o verbo amnésico da tua beleza.

Era um belo poema, sei-o. Que outro poema poderia ser,

se eras tu o poema?

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