Virgens da deusa “sida”

 

Virgens da deusa “sida”

Português
 
 
Viro todos os lados, todas as quinas, todas as ruas
Onde sempre se escondem da vista, nos morros,
Os prostitutos e os mendigos dormindo nas caixas
De papelão amolecido em sonhos sumidos,
 
Vejo tudo isso, como parte normal da paisagem,
Que sob um largo céu, algum dia, alguém esqueceu
Ter sido tudo feito, à sua própria imagem.
Gastei toda a fé, escavando um deus menor, mas que fosse meu,
 
(Mesmo que estivesse já acabado e extinto)
E descobri que continuo, não só de olhos fechados,
E assim alheio ao que não me importo,
Como pra’ além disso, imito ao que aos outros
 
Parece mais certo, viro de todos os lados todas as ruas,
E visto-me, também eu, da ilusão desaparecida
Das “putas” das ruas mais escuras, fundidas
Na palidez do luar, como se fossem virgens da deusa “sida”.
 
Joel Matos (09/2011)
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Viro todos os lados, todas as

Viro todos os lados, todas as quinas, todas as ruas

Onde sempre se escondem da vista, nos morros,

Os prostitutos e os mendigos dormindo nas caixas

De papelão amolecido em sonhos sumidos,

 

Vejo tudo isso, como parte normal da paisagem,

Que sob um largo céu, algum dia, alguém esqueceu

Ter sido tudo feito, à sua própria imagem.

Gastei toda a fé, escavando um deus menor, mas que fosse meu,

 

(Mesmo que estivesse já acabado e extinto)

E descobri que continuo, não só de olhos fechados,

E assim alheio ao que não me importo,

Como pra’ além disso, imito ao que aos outros

 

Parece mais certo, viro de todos os lados todas as ruas,

E visto-me, também eu, da ilusão desaparecida

Das “putas” das ruas mais escuras, fundidas

Na palidez do luar, como se fossem virgens da deusa “sida”.

 

Joel Matos (09/2011)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Viro todos os lados, todas as

Viro todos os lados, todas as quinas, todas as ruas

Onde sempre se escondem da vista, nos morros,

Os prostitutos e os mendigos dormindo nas caixas

De papelão amolecido em sonhos sumidos,

 

Vejo tudo isso, como parte normal da paisagem,

Que sob um largo céu, algum dia, alguém esqueceu

Ter sido tudo feito, à sua própria imagem.

Gastei toda a fé, escavando um deus menor, mas que fosse meu,

 

(Mesmo que estivesse já acabado e extinto)

E descobri que continuo, não só de olhos fechados,

E assim alheio ao que não me importo,

Como pra’ além disso, imito ao que aos outros

 

Parece mais certo, viro de todos os lados todas as ruas,

E visto-me, também eu, da ilusão desaparecida

Das “putas” das ruas mais escuras, fundidas

Na palidez do luar, como se fossem virgens da deusa “sida”.

 

Joel Matos (09/2011)

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Viro todos os lados, todas as

Viro todos os lados, todas as quinas, todas as ruas

Onde sempre se escondem da vista, nos morros,

Os prostitutos e os mendigos dormindo nas caixas

De papelão amolecido em sonhos sumidos,

 

Vejo tudo isso, como parte normal da paisagem,

Que sob um largo céu, algum dia, alguém esqueceu

Ter sido tudo feito, à sua própria imagem.

Gastei toda a fé, escavando um deus menor, mas que fosse meu,

 

(Mesmo que estivesse já acabado e extinto)

E descobri que continuo, não só de olhos fechados,

E assim alheio ao que não me importo,

Como pra’ além disso, imito ao que aos outros

 

Parece mais certo, viro de todos os lados todas as ruas,

E visto-me, também eu, da ilusão desaparecida

Das “putas” das ruas mais escuras, fundidas

Na palidez do luar, como se fossem virgens da deusa “sida”.

 

Joel Matos (09/2011)

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