A notável complacência do egoísmo humano

 

A notável complacência do egoísmo humano

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Nascer para criar, desenrolar para morrer. Seria tudo muito simples se fosse tudo interpretado como uma viagem que se tem de fazer para chegar a um fim, que é a morte. O percurso que cada um traça jamais é igual, para qualquer outro. A possibilidade que existe em vivermos ricos ou pobres é, de facto, bastante ambígua. Num mundo com bastantes lacunas humanas em termos de valores, o que se pode constatar é que até para nascer é preciso ter “sorte”. Caminhando à luz das estrelas e raiada pela mais próxima, o ser humano cria a sua existência. Quando se fala de sentido, remete para a ideia que é algo que tem lógica, coerência, entre outros. Contudo falar do sentido da vida vai para alem, do que é imaginável, isto é, seremos nós capazes de julgar a verdadeira essência da vida apenas pela nossa existência e pela nossa capacidade de obter e criar…

Herdeiros de um legado de seres que foram importantes para conseguirmos chegar a este tipo de considerações que hoje qualquer um pode chegar, o que é certo, é que o mundo já existia antes de o ser humano aparecer e marcar a sua diferença.

Hora isto sugere que nós não somos produto do que já existia, mas sim do que passou a existir derivado a vários fenómenos.

O mundo tal e qual o vemos é na verdade uma representação. A mão humana em todos os espaços que invadiu na natureza oficializou a era do homem sobre este planeta…. Jamais conseguíamos repor aquilo que alteramos no planeta Terra. Esta capacidade de alterar aquilo que é natural e promover o artificial conjuga-se tudo numa palavra, que é efetivamente, necessidade. Tudo bem que o habitat é fundamental para a sobrevivência, contudo o que fazemos aos espaços naturais, por vezes são em exagero pois tentamos impor o betão em tudo que queremos pisar diariamente e esquecemo-nos que somos projeto integral da natureza, em que existem certos fatores que nos influencia e nos possibilitam viver em conformidade com aquilo que somos que é a natureza manifestada. Com inteligência suficiente de perceber que aquilo que existe é deveras importante, ou seja, uma vez alterada nunca mais volta a ser a mesma coisa a mesma essência, o produto original. Podemos sobreviver e habitar em sintonia com a natureza de uma forma mais ativa e menos isolada daquilo que tem vida, daquilo que no fundo são as nossas origens e parte fundamental para sermos como nos afirmamos hoje. 

 

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Leandro Borgez

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