Não ser eu toda-a-gente

 

Não ser eu toda-a-gente

Portuguese

 

Não ser eu toda-a-parte, em toda a gente
Sentir bastante perante o que me comove
E o que é pasmo, não fazer eu parte maior
Do a seguir a mim, de um modo natural e leve
Quase como se fosse instituído por plena lei,

Congénita, a tranquilidade ter a orgânica
Lunar e desse mar o êxtase, a ambição doce 
De acariciar a erva alta fofa e as faces dóceis 
Em toda a parte e toda a gente nas breves
Coisas, essenciais ao que alma minha sofre

E sente igual a essa surpreendente gente 
Não sendo trás e frente tod’essa gente eu,
Faça o que faça pra que me não demova ter
Dos sentidos os extremos destes e o excesso
Próximo dos sentir passar como camião 

Desgovernado ou comboio de excessiva carga.
Não ter eu metade a que agrade a mim mais
Que à outra parte de gente de que faço fraca
Parte, não ser eu toda a gente e toda a parte
Que emociona os sentidos dessa alegria única.

A paixão de ter algo, é uma pipa sem fundo,
Ter sossego, é outra coisa e tem a ver
Com o fogo que herdámos da mãe-Terra
E não do estômago que motiva a fome
E a miséria de querer tudo e mesmo

O que não empresta felicidade às rosas
E o perfume às açucenas de chão de terra,
Não ser eu toda-a-parte, em toda a gente
Sentir bastante perante o que me move,
E o que eu pasmo …

Jorge santos (02/2016)
http://namastibetpoems.blogspot.com

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A paixão de ter algo, é uma

A paixão de ter algo, é uma pipa sem fundo,

Não ser eu toda-a-gente

Ás vezes quebro.

Ás vezes quebro.

Às vezes quebro,
Como prato vazio
E a expressão de quem 
Se não enquadra
Mas finge pular à corda,
Com os que quebram não,
Pois minha missão é ser único, 

Ás vezes me quebro,
Tal e qual louça,
Os bocados são meu céu de cal,
Não algo que se veja,
Sabotado por mim, invoco o cinzento
Sem encanto,
Hitler puff …

Ás vezes trago
Sem querer, despido
O que penso,
Pois sou aquele
Que nasceu sem se conhecer,
Pra quem tudo é estranho,
Prato ou bacio, Graal sacro,

Raso eu, vazio d’paixão
Hitler puff …
A existirem enigmas,
São o inverso de mim,
Que me revelo numa espécie
Sem perdão, somando ilhas
Do sul da Índia como “Nosferatu”,

Tenho o dever 
De ver símbolos sem os haver,
Apenas pelo dom de desenhar
Na vidraça um ser vil
Que nunca vi,
Sendo eu ficção, sem ser fictício ele, 
Minha missão

É ser único, servil eu não,
Persigo o que sinto,
Digo o que penso por dever cívico,
Hitler puff … ´
Ás vezes corro.

Joel Matos (02/2018)
http://joel-matos.blogspot.com

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