Os sonhos são para sempre
e permanecem no meu coração.
Os meus sonhos dependem de mim
para me encherem de emoção.
Vou seguir em frente,
Que difícil ser eu própria,
e não ser senão a fingida.
Sim, eu que vivo
só de viver.
Invisíveis, vêm ter comigo
as tuas mentiras.
Já o escuro vem do horizonte,
em luz perfeita e exata.
E a presença do que simplesmente existe em mim,
vem ter comigo e eu,
desnudo o meu ser de fatigado e humano
O silêncio entrou em mim,
fechou-me a boca e
roubou-me as palavras.
Apoderou-se do meu ser
e fez-me renascer.
Sou a Lua que te ilumina
que te conforta na escuridão
que te aconchega nos galhos
e te embala no coração.
Sou a Lua que abrilhanta o Sol
Os teus olhos com sabor a alecrim
cravaram em mim,
e sem pestanejarem
falaram-me de mim.
Amaram-me despida de preconceito
Passeio de conforto e alma livre,
Onde o grito de outrora adormece.
Onde viajas no tempo que te conhece tão bem.
Sabe dos recantos da tua sede e a vontade da tua vontade.
Ensaiaste a voz do meu silêncio e da natureza da noite.
Fizeste-te ouvir na madrugada vizinha do meu desespero.
Reconheci-te pelo olhar: desperto e comprometido.
De onde veio não sabes,
Não queres saber,
Não te incomoda.
Poeira que te venda os sentidos.
Pequena, incapaz,
Como tu.
Porque sorris?
Sinto-te,
Silêncio verdade.
Aquele que te leu e ditou para mim.
Conheço o tempero da vida.
Gosto da verdade do ser.
E do horizonte que não termina.
Desafio puro, insatisfeito.
Não te deixa sossegar porque exige de ti.
Não entende porque te julgas, nem te julga se tentares de novo.
Pergunto-me que dimensão é essa que te faz respirar baixinho.
Quem são eles e porque te julgam?
Porque lhes dás a tua sombra?
Escondes o que és, convictamente.
Intensidade de sentidos desenfreados do subtil.
Ama-os tanto que os desconhece. Assim o é.
É-o tão sinceramente que afasta o erro do distante e do global que não prevê.
Meu avô
Imprevisível Ser
Mente Minha
Sou...
Eu sou poeta do tempo
sem nunca o compreender,
sou a palavra e o momento
sem nunca o chegar a ser...
E cada letra que escrevo
Sou frágil, sou pequena e sou só. E tremo pensante que um dia serei pó.
É urgente escrever para que vozes entoem canções de outro mundo
para que corações se agitem e arranquem o amor de superfície como se fosse profundo
Não leves tão a peito
tudo o que dizem a teu respeito
Lembra-te que os cães ladram
E a caravana passa
E tudo o que dizem
Não passa de vã ameaça
Saltas.
Saltas outra vez.
Continuas a saltar...
Um dia, ao saltares, cais.
Cais.
Cais outra vez.
Continuas a cair...
Depois já não cais
Tenho sal na língua Que quero tirar Hoje vivo de míngua E custa habituar.