Existe uma beleza inesperada à espreita nas esquinas feias da vida. E, através de uma tristeza mal disfarçada, surge o esboço de uma esperança, após o lamber de cada ferida.
Já mordeste na minha boca O sabor de que sou feita. Já devoraste na minha pele O tempero com que te encanto. Já apertaste nos teus braços Os segredos do meu pranto.
Para com a racionalidade
o ensino está acabado
apenas inserem rivalidade
desde os primeiro dias tentado
implementar a maior maldade
num ser já por si fragilizado
Em dias de lamentação
Torna-se invisivel qualquer mão
Encontrando-me mais uma vez no chão
para evitar o assegurado não
e as seguintes palavras que nos dão
Façam a boa ação
Complementem a vossa destruição
Executem sem precaução
Olhem atentamente para o que vos dão
Aí talvez entenderão
O sentido na aniquilação
Passam os dias devagar
Quando deles preciso a correr
Passam meses a correr
Quando deles preciso devagar.
Se tu não existes tempo,
Porque te medimos nós?
