ciclo fechado

 

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Portuguese

 

 

ciclo fechado 

 

 

Todo um ciclo foi concluído,
Apesar de nem começo nem fim conter,
Num momento pareço de consciência abonada,
Noutro mendigo no escrever o bem parecer
 
E recomeço onde nunca acabo, cercado, esquecendo
Que em rodo das paredes do Cárcere
É sempre ao meu fracasso que Fedo
Como ranço da carne a apodrecer,
 
E o que, no livro, acaba, aqui no enredo
Não, em mim sim, barbeiro de mau carácter
Morto por dentro e azedo a cada manhã que acordo,
E sedo-mas, ainda assim prefiro acordar a temer
 
Não encontrar a razão no outro lado,
E o pensamento claro, (mesmo a fingir)
E que as minhas palavras digam algo,
Que eu próprio saiba infimamente atingir,
 
Do que não acordar de todo,
E ser um fulano com’outro qualquer,
Com princípio, fim, e meio indefinido,
Meio Esquisito, meio esquecido, passado,
 
Portanto, dou o ciclo por terminado
A meu ver não digo nada diferente e quem me ouvir,
Será apenas d’ouvido e duvido se por’í’ando,
Ao vivo, ou a preto e branco, no sonho dum ser sequer.
 
Joel Matos (03/2011)
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Todo um ciclo foi concluído,

Todo um ciclo foi concluído,

Apesar de nem começo nem fim

Apesar de nem começo nem fim conter,

Num momento pareço de

Num momento pareço de consciência abonada,

Noutro mendigo no escrever o bem parecer

E recomeço onde nunca acabo,

E recomeço onde nunca acabo, cercado, esquecendo

Que em rodo das paredes do Cárcere

É sempre ao meu fracasso que Fedo

Como ranço da carne a apodrecer,

E o que, no livro, acaba,

E o que, no livro, acaba, aqui no enredo

Não, em mim sim, barbeiro de mau carácter

Morto por dentro e azedo a cada manhã que acordo,

E sedo-mas, ainda assim prefiro acordar a temer

E o que, no livro, acaba,

E o que, no livro, acaba, aqui no enredo

Não, em mim sim, barbeiro de mau carácter

Morto por dentro e azedo a cada manhã que acordo,

E sedo-mas, ainda assim prefiro acordar a temer

E o que, no livro, acaba,

E o que, no livro, acaba, aqui no enredo

Não, em mim sim, barbeiro de mau carácter

Morto por dentro e azedo a cada manhã que acordo,

E sedo-mas, ainda assim prefiro acordar a temer

Portanto, dou o ciclo por

Portanto, dou o ciclo por terminado

A meu ver não digo nada diferente e quem me ouvir,

Será apenas d’ouvido e duvido se por’í’ando,

Ao vivo, ou a preto e branco, no sonho dum ser sequer.

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