Quando olho as minhas mãos
de concha em prece pela tua pele
poros plenos de desejo eriçados
que se propagam pelo corpo
como onda de desejos alados
sinto-me fénix
renascendo
quase perto no prazer de te olhar
emergem serenatas, sonetos e odes
e luares de luas e pratas
que pousam no teu corpo de veludo
nesses contornos de beleza inata
onde me perco e encontro
o sabor de tudo
quase no toque roçando os lábios
soltam-se acordes nos sentidos alerta
que me transportam ao mundo da tua nuca
essa magia própria dos sábios
abrindo-me a fome concreta
dos suspiros que me deixam louca
há quase um marulhar do búzio no mar
das emoções que transpiro
quando as minhas mãos vão tocar
o teu rosto…é daí que recolho
o prazer que respiro
és tu quem me faz
viver!
26/02/2015
Rosa Alentejana
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