Irreal

 

Irreal

Portuguese
Fotógrafo: 

Sinto-me vagueando na minha mente onde vou para longe, muito longe...

Viajo pelas terras encantadas, onde o mundo é cheio de bons sentimentos e lá não há tristeza, não há sentimentos ruins, não há maldade...

Vaguei-o por vales e bosques encantados, que não existe frio, onde não existe preconceitos...

Sou um fantasma dos meus sentimentos, viajando na minha memória para junto daqueles que queria abraçar...

Sou um fantasma que vagueia longe muito longe esquecendo-se deste mundo cruel habitado por maldade, interesses e discriminação...

Levo para as minhas terras encantadas aqueles que amo...

Danço ao som da chuva, sentindo cada gota na minha face, sorrindo de felicidade.

Oiço o vento que sussurra no meu ouvido as mais belas palavras de amor.

Perco me entre as árvores do bosque encantado, rindo e libertando a criança que habita em mim, brincando às escondidas, sentindo a magia e vejo as árvores a sorrir.

Os animais saltam e correm de felicidade e todos aqui são felizes.

Aqui não há sofrimento, não há fome.

Vagueio pelas estradas encantadas sentindo o sol na minha face, ouvindo o cantar dos passarinhos e os risos daqueles que eu para lá levei.

Como é bom o meu mundo irreal, quantas e quantas vezes me perco da realidade dura e fujo para o meu vale encantado.

Deixo o meu corpo flutuar sobre a água do rio, como é mágico aquele momento.

Sentir a mãe natureza onde eu sou muito pequenina no meio de tanta beleza, no meio de tanta pureza, de tanta magia.

No meu vale encantado não choro, não sofro, simplesmente vivo e aprendo com os mais sábios a lei da vida.

Encanto me com o som da minha viola, onde as suas notas são levadas pelo vento.

Mas infelizmente quando volto á realidade, volto a um mundo frio, triste, preconceituoso, os meus olhos ficam vazios, a minha alma sofre, o meu coração entristece-se, o meu sorriso desaparece, pois a realidade é bem diferente, é uma realidade dolorosa onde cada um está por sua própria conta.

Onde as memórias tomam lugar e as lágrimas insistem em cair, onde a música torna-se melancólica, o céu cinzento e o rio e mar revoltados, onde a floresta arde, onde o mundo se destrói por ele próprio.

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