O Licórnio

 

O Licórnio

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O Licórnio

 

 
Perdeu a face ao acarretar nas cerdas o ofício
De deus das coisas de pequenas montas,
Depois criou um corno contra o mau feitiço,
Mas deixou-o na fé do homem-das-lendas,
 
Encalhou uma pata no marejar do mar,
E eu perdi a dor ao altear da terra,
O escombro sem sombra que (ainda hoje) me soterra,
Antecipo mesmo a gaivota a chiar,
 
No ruído branco do esquecimento,
Diluímo-nos juntos, no silêncio do armário
Resguardado, no quarto oculto (à porta fechada)
Esperando um temporário armistício,
 
Ou o intermediário geral da guerra,
Que o desfecho desta venha anunciar,
E a orla de areia fina seja Fronteira segura,
Onde coisa alguma nos pode derrotar,
 
(pressinto que os deuses nos amaram nesse lugar em tempos)
 
E corremos, corremos na praia, passageiros do temporal,
Sabemos-de-cor o sussurrar do vento aguaceiro,
E sinto-me beijado como herdeiro do sal
E dos deuses exilados das guerras e do futuro.
 
Jorge Santos (04/11/2010)
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Perdeu a face ao acarretar nas cerdas o ofício

De deus das coisas de pequenas montas,

Depois criou um corno contra o mau feitiço,

Mas deixou-o na fé do homem-das-lendas,

 

Encalhou uma pata no marejar do mar,

E eu perdi a dor ao altear da terra,

O escombro sem sombra que (ainda hoje) me soterra,

Antecipo mesmo a gaivota a chiar,

 

No ruído branco do esquecimento,

Diluímo-nos juntos, no silêncio do armário

Resguardado, no quarto oculto (à porta fechada)

Esperando um temporário armistício,

 

Ou o intermediário geral da guerra,

Que o desfecho desta venha anunciar,

E a orla de areia fina seja Fronteira segura,

Onde coisa alguma nos pode derrotar,

 

(pressinto que os deuses nos amaram nesse lugar em tempos)

 

E corremos, corremos na praia, passageiros do temporal,

Sabemos-de-cor o sussurrar do vento aguaceiro,

E sinto-me beijado como herdeiro do sal

E dos deuses exilados das guerras e do futuro.

 

Jorge Santos (04/11/2010)

http://joel-matos.blogspot.com

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Perdeu a face ao acarretar nas cerdas o ofício

De deus das coisas de pequenas montas,

Depois criou um corno contra o mau feitiço,

Mas deixou-o na fé do homem-das-lendas,

 

Encalhou uma pata no marejar do mar,

E eu perdi a dor ao altear da terra,

O escombro sem sombra que (ainda hoje) me soterra,

Antecipo mesmo a gaivota a chiar,

 

No ruído branco do esquecimento,

Diluímo-nos juntos, no silêncio do armário

Resguardado, no quarto oculto (à porta fechada)

Esperando um temporário armistício,

 

Ou o intermediário geral da guerra,

Que o desfecho desta venha anunciar,

E a orla de areia fina seja Fronteira segura,

Onde coisa alguma nos pode derrotar,

 

(pressinto que os deuses nos amaram nesse lugar em tempos)

 

E corremos, corremos na praia, passageiros do temporal,

Sabemos-de-cor o sussurrar do vento aguaceiro,

E sinto-me beijado como herdeiro do sal

E dos deuses exilados das guerras e do futuro.

 

Jorge Santos (04/11/2010)

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Perdeu a face ao acarretar nas cerdas o ofício

De deus das coisas de pequenas montas,

Depois criou um corno contra o mau feitiço,

Mas deixou-o na fé do homem-das-lendas,

 

Encalhou uma pata no marejar do mar,

E eu perdi a dor ao altear da terra,

O escombro sem sombra que (ainda hoje) me soterra,

Antecipo mesmo a gaivota a chiar,

 

No ruído branco do esquecimento,

Diluímo-nos juntos, no silêncio do armário

Resguardado, no quarto oculto (à porta fechada)

Esperando um temporário armistício,

 

Ou o intermediário geral da guerra,

Que o desfecho desta venha anunciar,

E a orla de areia fina seja Fronteira segura,

Onde coisa alguma nos pode derrotar,

 

(pressinto que os deuses nos amaram nesse lugar em tempos)

 

E corremos, corremos na praia, passageiros do temporal,

Sabemos-de-cor o sussurrar do vento aguaceiro,

E sinto-me beijado como herdeiro do sal

E dos deuses exilados das guerras e do futuro.

 

Jorge Santos (04/11/2010)

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Perdeu a face ao acarretar nas cerdas o ofício

De deus das coisas de pequenas montas,

Depois criou um corno contra o mau feitiço,

Mas deixou-o na fé do homem-das-lendas,

 

Encalhou uma pata no marejar do mar,

E eu perdi a dor ao altear da terra,

O escombro sem sombra que (ainda hoje) me soterra,

Antecipo mesmo a gaivota a chiar,

 

No ruído branco do esquecimento,

Diluímo-nos juntos, no silêncio do armário

Resguardado, no quarto oculto (à porta fechada)

Esperando um temporário armistício,

 

Ou o intermediário geral da guerra,

Que o desfecho desta venha anunciar,

E a orla de areia fina seja Fronteira segura,

Onde coisa alguma nos pode derrotar,

 

(pressinto que os deuses nos amaram nesse lugar em tempos)

 

E corremos, corremos na praia, passageiros do temporal,

Sabemos-de-cor o sussurrar do vento aguaceiro,

E sinto-me beijado como herdeiro do sal

E dos deuses exilados das guerras e do futuro.

 

Jorge Santos (04/11/2010)

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