Discípulo da vida profeta da paz entre os seres

 

Discípulo da vida profeta da paz entre os seres

Português

Estigma este que sinto dentro de mim

Não consigo viver assim

Odeio ter a possibilidade de odiar

Venero o conceito de amar sem estragar.

Solto-me nas minhas ideias estranhas

Por vezes, construo algo mais alto que as montanhas

Debruço-me sobre assuntos não rotineiros

Sinto-me desamparado como os prisioneiros

Não porque me falta imaginação e criatividade

Conclui que existem coisas mais fortes na sociedade

Que são o reflexo da realidade

Que se forma em egoísmo e superficialidade…

Frustrar-me pelo que não posso atingir

Pois tenho capacidade, mas não sou ninguém para intervir

Denoto um preconceito exagerado

Aquele que não dá show, não é venerado

Tudo passa por coisas tão pequenas

Enxergo isso como sistemas.

Apelo sempre ao intelecto e juízo crítico

Atendo à racionalidade no seu estado implícito

Não sou causador de guerras nem de desavenças

Gosto do que é justo e de boas sentenças

Concordo com os artistas nas suas visões

Nem todos são arte de glorificações

Prevejo que existe um artista em cada um de nós

Aquilo que nos condiciona, não é assim tão feroz

Cada um pensa de maneira diferente

Por mais controlado que seja, todos querem ser gente.

A minha intenção nunca foi moldar a realidade a meu favor

Gostaria de ver o mundo de uma maneira melhor

Sinto-me condicionado pelo fator social

Quando não querem ouvir e agir, fazem-nos mal

Não porque as pessoas são todas maléficas

Contudo caminhamos para a geração das estéticas

Desconhecemos bastante do que representamos neste universo

Tornamos vidas difíceis, sem qualquer complexo

Construímos palavras, construímos significados

Cada vez mais tudo gira em torno de dinheiro, de mercados.

Invejo os outros animais por não se destacarem racionalmente

Com tanta inteligência que temos, somos mais que um perigo iminente

Poderíamos atingir e ser criaturas bestiais

Portamo-nos, provamos que somos mais selvagens que os outros animais

Com tanta capacidade de alcançar

Construímos mecanismos para nos matar.

Ironia é quando devíamos ser um exemplo

Agimos, acontecemos, perdemo-nos no tempo

Otimista sou eu por não rejeitar as minha origens

Acredito na natureza, mas alguns humanos criam-me vertigens

Pessimista seria, se já me tivesse suicidado

Não porque me falta coragem, mas não vou por esse lado.

Existe beleza onde o ser humano ainda não tocou

Lugares ausentes de interesses e é para lá que eu vou

Não se trata de refúgio ou fuga, por ser anti-social

O que importa de verdade, é que lá ninguém me vai fazer mal

Pois as pessoas são algo muito interessante de conhecer

Mas há muitas que só te querem ver perder, morrer

Não porque somos todos assassinos

Mas emprenhamos pelos ouvidos e pelo que sentimos

Admiro e aprecio o cérebro humano

Reconheço que é tão potente e forte que se torna sobrano

Nem todos sabem das suas potencialidades

Tantos que o tentam ludibriar e dá-se as fatalidades

Construo dentro dele algo que não consigo fazer com um computador

Pois este é um organismo e não é ausente a dor

Muito menos tem livro de instruções

Poucos o conhecem e daí é que dá tantas confusões.

Desculpo tudo isto com a diversidade humana

Acredito que muitos tentam, mas é mais forte a variante insana

Acredito que todos que podem gozar das suas faculdades

Reconheçam que não estamos a caminhar para acabar com as desigualdades

Enquanto isso, observo e denoto conclusões imensas

Somos o que somos e daí dão-se as desavenças

Cada um tem a sua razão, para os seus atos

Há quem reconheça, outros escondem-se como os ratos

Se conseguirmos a união e a paz mundial

Vai haver quem diga que isso não racional

O que interessa para muitos é fazer frente

Em vez de viverem em harmonia, deixarem-se ir pela corrente

Cada um é especial e detém valor

Não precisam de revoltas muito menos de fervor

Todos tem espaço neste planeta

Se existem tantas estrelas, por que muitos tem de ser um cometa?

A pluralidade é distinta e inigualável

Tendo em conta isto não observo o desejável

Rotura de valores importantes e constantes…

Tantos maus comandantes…

Muitos seres figurantes…

Bastantes seres armantes…

Terra cheia de arrogantes…

Que são bastante ignorantes

E querem ser importantes

Numa vida onde somos todos brilhantes

Por existirmos e termos a noção de como podemos ser aberrantes

Se não formos moralmente constantes

Discípulo da vida, profeta da paz entre o ser

Escrevo, perspetivo, tento perceber

Se sou mais um louco de muitos que são descriminados

Ou sou ausente de alguns conceitos mal-educados…

Não estou nesta vida disponível para a estupidez

Quero mais ser feliz e viver como se fosse a primeira vez

Respeito o outro, como respeito a minha pessoa

Não busco maldades, nem desperdiço saúde a toa

Foco-me mais no que podemos fazer fluir

Com inteligência de maneira a conseguir

Alcançar experiencias, saberes gratificantes

Onde possa reconhecer que não somos assim tão insignificantes

Crio dentro da máquina uma projeção a meu ver bonita

Pois não tem nada a haver, com aquela realidade ridícula

Não acredito que o ser goste de manifestar o seu poder de maldade

Porém é uma arma legítima de que não é feliz e refugia-se nessa crueldade

Que não faz bem e só traz sentimentos destruidores

Nos torna feios e também pecadores

Quando podíamos ser mais e melhor

Como se calhar deseja o criador

Se precisamos de fé ou de algum estímulo parecido

Acho que devemos dar mais valor ao que faz sentido

Pois somos todo um plural que devia ser mais unido

E só assim é que vamos evitar o perigo

Neste trajeto que pode ser curto ou comprido

Tudo depende de ti e da natureza meu amigo…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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