Português
Meu corpo na madrugada
jaz entregue e inerte ao orvalho dos lençóis.
Em silêncio, procuro o sono.
Os sons da rua não se atrevem
a multiplicar meus anseios.
Doce foi o adeus que cantei contigo.
Findou-se a farsa, encarnada no quarto.
Procuro-me nas sombras, na garganta seca,
nas rimas fracas e amargas.
Enfim, clareia... é chegado o dia.
Levanto-me do chão, resignada.
Silensiosa e deserta, sem lágrimas.
A hora é clara.
Encherei a casa de flores,
lembrarei de todos os meus amores
e escreverei uma ode à solidão.
Género:
Comentários recentes