Mochila de Sonhos

 

Mochila de Sonhos

Português

O ECO MUDO

Sempre que me levanto eu oiço uma voz.
No fundo do corredor nada parece agradável ao ouvido,
Nada parece bom, nada parece mau, apenas nada...
Espero que nenhum de vocês perca este baile,
Esta música que sempre escuto, que rompe algo dentro de mim,
Porque o vazio é muito... é o eco mudo.

Hoje começa um novo dia,
As andorinhas levantam no seu vôo de partida,
E tudo é novo em mim, já nada me assusta!
Os meninos correm e não se importam com o eco mudo.
Por detrás de suas muitas perguntas, alguém grita...”Eu te escuto! Aqui estou eu!”
O eco mudo...  
E hoje começa um novo dia, parece tudo tão agradável ao ouvido...
É o eco da eternidade...

 

CAMINHOS

Ó caminho!... Porque corres?
Ó caminho!... Não me abandones!
Já vivo em apuros faz muito tempo.
Ó caminho!... Não te escondas!
Que estou contigo e quero ver-te em meu caminho.

Ó caminho!... De que serve este desterro?
Ó caminho!... De que serve esta dor alheia?
Ó caminho!... De que serve caminhar do lado errado?
Ó caminho!... De que serve caminhar com a pessoa errada?
Serve apenas para animar, a rua vazia ou a rua iluminada.

Ó caminho!... Caminhar não é nada fácil!
Entre rochas e o esquecimento,
Eu posso consolar quem se cruzou no meu caminho.

 

NADA

Nada é assim tão impossível,
Nada é assim tão distante,
Nada é assim tão louco e perturbador,
Nada é assim tão confuso,
Nada é assim tão lento,
Nada é assim tão feio,
Nada é assim tão complexo,
Nada é assim tão forte e suave ao mesmo tempo.

Nada é assim o que devia ser,
E ao mesmo tempo...
Um dia temos o que podia ter sido.

 

O VENTO E EU

Como o vento eu me sinto,
Ninguém o vê, açoita o meu corpo e vai correndo,
Parece que vive só
E ao mesmo tempo procura o refúgio.
 
Como o vento eu me sinto,
E o refúgio são minhas costas todo o tempo.
Preso e livre, parte sempre para outro porto.
Parece que vive só, zangado, triste, na sombra, na incógnita...

Como o vento eu me sinto,
Um remoinho, no seu tempo,
E passa correndo...

 

POR MINHAS VEIAS

Tudo corre por minhas veias,
Não me negarás que tenho cor intensa em cada uma de minhas veias.
Eu me orgulho de minhas veias, não pela cor, mas porque significam que estou viva.
Tudo o que somos é sangue e fogo, somos novos, somos velhos,
Por isso não me negarás que estou viva.
Algum sangue herdamos, alguma consanguinidade refutamos,
E minhas veias gritam com emoção: “Estou viva!”
Como tudo o que somos, somos novos, somos velhos,
Basta que corra sangue pelas nossas veias.
Não me negarás que tenho carisma e disso não falam minhas veias!
Eu estou viva de intensidade, de uma cor bonita, 
Com uma sede ardente de amor e paz.
Meu corpo repousa, meu corpo relaxa
E não me negarás que tenho orgulho de minhas veias.

 

VER-TE FELIZ

Olho nos teus olhos
E vejo uma alma do tamanho do Universo
Desejo ler-te como um livro
E viajar pela tua alma
Sentir o calor do teu espírito

Quero ver o pôr do Sol
Escrever um livro de emoções
Quero ver-te feliz!

 

ACEITAR

Aceitar, sentindo
Sentindo do fundo do peito
Sentindo do fundo da alma
Quer se concorde, quer não

Aceitar, sentindo
As coisas boas que nos rodeiam
As pequenas coisas que nos fazem felizes

Aceitar, sentindo
Sentindo que podemos ser melhores
E mais completos

Aceitar, sentindo
Que podemos fazer os outros mais felizes
Começando por nós próprios

Aceitar, sentindo
Que para mudar o mundo
Temos primeiro que nos mudar a nós próprios.

Aceitas?

 

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