O poveirinho

 

O poveirinho

Português

Desde a praça até ao cais

de mão dada com a humildade

 Surge alguém com honra e simplicidade

É o pescador que para o mar vai

 

Leva no peito a saudade 

Da tricana deixada em terra

Doi mais que a fome , doi mais que a guerra

E ela reza em terra 

para que não lhe aconteça maldade

 

A bela tricana fica à sua espera 

Que chora , que desespera

Faz da dor silêncio furtuito

Uma chama que devora

Teme - a mais que uma quimera

Pois se o pescador demora 

O péssimismo impera

 

Oh povo sofredor

Que ao mar não perdes amor

Esse monstro destruidor

Anjo negro repleto de explendor

 

De S.Felix até á Lapa 

Brilhas bravo pescador

E a mão que o sol tapa

Observa o mar desafiador

 

Sempre na luta sorridente

Num dia cheio de amarguras

Mas quais maleitas , quais torturas

Tiram a força desta gente

 

Ninguém compreende o orgulho do poveiro

Se não nascer em tal terra abençoada 

Na bondade e virtude é o primeiro

Nesta pátria ditosa minha amada

Quem não sente o orgulho de ser poveiro

Há de ter existência fútil e desgraçada !

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