Odisseia de poesia

 

Odisseia de poesia

Português

Alma minha

 

Pensei não voltar a ver a luz do sol,

Como sinal de que me encontrava vivo.

Não vivo de coração e mente a funcionar,

Mas sim vivo de alma, plena de sentimentos.

Voltar a sentir, foi renascer,

Voltar a abrir os olhos e vê-la a meu lado;

Estender o meu braço, sentir a sua pele,

Macia como a de um bebé;

Ouvir os seus suspiros, ver os seus sorrisos, sonhando

O perfil do seu corpo feminino debaixo dos lençóis,

Deixando-me mergulhar no rio de águas puras

E corrente forte do seu olhar

Ah, como é bom deixar-me ir na corrente

Até ao seu estuário, onde posso sentir a sua luta

Pela entrada no oceano, cheio de mistérios e perigo

E gritar com toda a força dos meus pulmões,

Incitando a sua coragem, dando-lhe força,

Toda a força que ela precisa para seguir em frente.

Sigo-a no seu destino desconhecido,

Porque, desde o dia em que a vi dançar na areia,

Deixaram de existir dois caminhos solitários:

O seu é o meu também: somos, agora, um só ser,

Seguindo um só caminho, iluminado pelo amor,

Aberto pela coragem e pela força da alma

E não será a paragem de um coração, a morte de um corpo

Que nos vai separar: estaremos sempre lado a lado...

Sente-me como eu te sinto, alma minha!

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