Soneto aos Montes

 

Soneto aos Montes

Português

Pelas vielas de tua insônia

É que me parto sem saber

Se a lua cresceu sem sofrer

Ou se é efeito da amônia

 

Andei por vigas e mares abertos

Na terra onde lampião não reina

Onde o corpo mais gélido se queima

Em meio às rachas dos concretos

 

Povo lúdico em suas artes

Corredores culturais são partes

De tua mais deflorada chama

 

E eu, perdido no breu dos grafites

Escarrando em minha própria rinite

Faço das tuas calçadas minha cama.

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