Odisseia de poesia

 

Odisseia de poesia

Portuguese

Acordar para a realidade

 

A mentira que agora te faz sorrir,

Amanhã te levará ao pranto

E, assim, acordar mais uma vez

Para a realidade nua e crua.

O Sol assiste ao nosso encontro

Para, logo a seguir, adormecer.

A Lua cobre o nosso deleite

Com o seu manto de prata.

Prazer louco que quero eterno,

Furor selvagem que me fez sentir,

Mais uma vez, mulher!

Onde está o prazer que juravas ter

Quando os nossos corpos se tocavam,

Confundindo os nossos suores?

Desapareceu com a tua partida,

Com o teu regresso a casa,

Com o findar desta história...

Ou será que nunca existiu,

Foi forjado, foi fingido?

Maldita mentira, doce ilusão

Que fere o meu coração

E me fez chorar de tanta dor

Porque mais nada posso sentir!

Hoje sou pedra que se desgasta

Para amanhã se partir em pedaços.

Um dia serei nuvem e partirei

Levada pelo vento para longe,

Para um lugar belo e verdadeiro…

Serei mulher, serei feliz!

Não, não vou ficar aqui à espera

Agora, vou partir à descoberta

De um novo mundo, de felicidade,

Da verdade nua e crua, natural

Que irão adoçar a minha alma…

Serei mulher, serei feliz!

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