Deambulo ofegante à procura de me perder
Sou mestre formado na arte da má vivencia
E detestado pelos olhos que não querem ver
Domino a arte da descompostura gráfica
Passo dias a organizar espaços em branco
Dias esses em que me costumo perder
Sofro de uma falta de tudo crónica
Gozo desta demência amistosa
Ela serve de musa, quando tu não estás
Quero desertar já desta guerra interna
Fui abandonado! Volta serotonina!
Fui invadido! Por esta falta de tudo crónica
Estou desnorteado!
Sou um louco!
Metade de um cobardolas alucinado
Internado ao abrigo das letras
Quero é aprender a ver
Ver todos os padrões
Vivo sedento
Sedento de informação
Mas isto é informação a mais!
Todas estas sinapses alheias
Trocas, câmbios de dados às mancheias
É tanta coisa que eu sinto falta de tudo
Nesta viagem interestelar
Viajo clandestino sem bilhete
Estou perdido!
Finalmente!
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