Chamo por ti, suavemente,
Incansavelmente, insistindo
Numa resposta que mente
E que me definha levando
Toda a minha alma, tristemente
Só, e vou caminhando
Refugio-me em mim, como se não houvesse mais nenhum lugar onde ficar. Sinto o meu calor, como se não houvesse outro qualquer calor que eu possa sentir. Aqui dentro,
Luto constantemente contra quem nunca vencerei, o meu eco interior espalha as batidas de um coração perdido, preso no nada que o esmaga nele próprio.
Caminho?
Caminho por um caminho contrário àquele em que me multipliquei.
99 Gotas de chuva chora o céu hoje, porque te viu nascer à 99 anos atrás.
“ Para quê “ Hó dor profunda que me corrói a alma e dilacera o coração Hó mágua sentida, atróz que fere o mais profundo do meu ser.
Quando o sol desmaia languidamente no horizonte, uma melancolia me acompanha neste instante. A noite se aproxima
Não consigo respirar
Subserviente, presente e permanente, a gritar de voz rouca, coberta de pedras no peito. Perene, ausente, presente e permanente,
Uma lágrima não expressa,
a dor saudosista impressa,
naquele momento
em que era inocente.
Feliz e ignorante sorrindo,
pensando sem reflectindo,
Um dia acordei, e quis não ter acordado. Quis dormir até ao fim, nem eu sei bem de quê; até parar, até parar de doer. Quis que o mundo sofresse
Na exaustão da pele, na quebra contínua dos dedos que passam, Ela chora, chora sem saber porquê, chora lágrimas salpicadas de cansaços,
Espinhos são os passados que nasceste em minha pele como cravos em flor para morrer.
Pelo ser nasce, linda e desordeira, A semente plantada sobre areia, Essa a quem chamamos de filhos, E que um dia se vão…
Vestígios,
Nada mais que vestígios,
Folhas em Branco
Enquanto há tempo
Noite escura,
neblina cerrada,