À tua espera...

 

À tua espera...

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Espero-te na madrugada, já sei que vens. Vai-me pesando às vezes não ter-te aqui, mas agradeço todos os esforços que fazes. Sei vê-los e, acredito eu, que um dia vai ser diferente, vai ser melhor. Deixas-me a viver um sonho e já não sei acordar para a realidade. Pretendo vivê-la com o manto com que me vestiste e sair à rua com tudo no pensamento, que tem lá um canto especial onde nunca sais, onde sorrio quando lá entro. Infectaste-me com uma doença que também te afectou, uma cura pra todos os males, algo que sempre levantou um ser Humano do seu próprio chão. Sinto-me agradecido por isso.
E olha-me não só mais uma vez, mas sempre mais duas ou três, até o tempo descobrir que não tem fim. Até lá um degrau de cada vez que vai definindo um dia de cada vez. Fico à tua espera nas escadas, na madrugada, com as estrelas como tecto e a lua como candeeiro.

Camillo I. Real

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