Pensamento

 

Sem título

*

As tuas palavras são as mais limpas e puras
E não é preciso tocar no teu corpo de água
Para descobrir que é demais a tua mágoa
De encontrar unicamente manhãs futuras

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Sem título

*

Regresso
Sem partir como as aves
Sou noutro lugar e sem norte

Exilo-me de tudo
Sem me ausentar da morte
E livremente me despeço

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Sem título

*
A minha vontade
É inteira e pura
Sem que seja preciso
Prender o luar
Na ponta dos dedos

OPHELIA

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Sem título

*

Não desejo nada

A minha vontade é inteira

A dor de ser-quase está na palavra

De eternidade que nos espera

Sem a procurarmos

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Preso irei voar

Preso irei voar

Libertar-me das correntes

Que me parecem permanentes

Conseguirei respirar?

 

Preso irei voar

Erguer as asas

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Saudade

A saudade, tão portuguesa, não tem comparação, pois é o sentir falta do que está por vir, do que não vem, do que podia ter sido e não foi. É muito mais do que um sentir falta do que aconteceu.

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Vida breve

A vida é sonho passageiro,

Colagem de beijos dispersos,

Espinhos cravados na alma,

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Se de nós o Tudo sabemos tão pouco

«Se de nós o Tudo sabemos tão pouco
Se dos outros o Nada é tão feroz
Se da Vida queremos tanta Luz
Amar é sempre este risco
Esta intensa incerteza

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Antes que tudo acabe...

Antes que tudo acabe
E que a batalha se trave
Entre o que se foi e o que se é

Antes que o dia termine
E a noite venha e elimine
A clara luz que nos tece e cria

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Sem título

*

Somente só

Anuncio a morte

Das flores

Pendente

Na distância das aves

Que consomem

Todas as cores do silêncio

Secretamente

 

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