Intervenção

 

Fala a Sensatez dizendo:

...numa hora circular a que se toca singular cadência oca,

trambolhei afora-boca um qualquerismo bestial!

-"Que bem me sou, sendo Normal"-

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JEANS MONROE

texto 1 -  carta a minha filha

Género: 
 

Guerreiro de paz

Todo o homem que procura a paz através da guerra
está em guerra com a paz,
só está em paz na guerra,
não merece a guerra mais pacífica
nem a paz mais hostil.

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Deveres

Aos humanos,

Os seus direitos,

Já!

 

Aos que procuram abrigo

E aos que exigem amar,

O respeito frontal

E a serena aceitação.

 

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Ao Faustoso

Dança, dança,

Nobre infante,

Dança!

 

Só, na lua onde te embalas,

As estrelas cintilam por te ver,

E abraçam-te os deuses para sempre.

 

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Consciência Mórbida

Cala a vontade

E a consciência

Com mais um copo,

Faz de feliz com a

Vitória do teu clube,

Arruína um por um

Os sonhos dos teus filhos

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Fogo de Vaidade

Fogo de vaidade
Que assolas a humanidade
Qual avassalador tornado
Passando nesta cidade.
Escondes a dor,
Sobre capa de felicidade.
Pretendes lutar e amar,

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Mundus

 Oiço gritos desalmados
 que me percorrem
 de lés a lés.
 Vejo corpos desenfreados
 que se arrastam
 a meus pés.
 Sinto tremores acelerados

Género: 
 

Sou um cavalo

Sou um cavalo de crina larga castanha.
Um cavalo que salta, daqueles cavalos de corrida.
Salto e corro em galope.
Carrego o mundo às costas.
Sim, esse mundo pesado.

Género: 
 

Pequena farsa

Eu, que me escondo sob a fantasia de alguém que se esconde,
Entre cortinas aveludadas cor de moscatel, compridas, a arrastar no chão.

Género: 
 

Meninas

As meninas com chuva nos óculos

As meninas com o cabelo fora do sítio - e não foi de propósito.

As meninas sem maquilhagem.

As meninas com demasiada bagagem

Género: 
 

Rasgar a alma

Rasgo a pele em pedaços, 

Ao som dos teus passos.

Há em mim fogo que queima

Pirómana forma de ser

Olhos flamejantes,

Em meu jeito de ver

Género: 
 

O silencio dos mortos.

A luz que nos guia, pela noite foge.

Deixa nos perder o que outrora aprendemos.

Somos cordeiros e eles os pastores.

Cuidam de nós como se diamantes fossemos.

Género: 
 

Primeiro engaiolaram-nos

Primeiro, engaiolaram-nos,

Fizeram-nos acreditar que o céu não nos pertencia.

Depois, emudeceram-nos,

Disseram que o nosso canto era criminoso.

Género: 
 

O elo frágil

 

Ela está morta, mas vive

Caminha na terra que pisas

e será sempre e para sempre

mais forte que tu.

A sua força não se vê

Género: 
Verdade da mentira (como nossa sociedade por vezes nos destroi com pequenos gestos.
 

Verdade da Mentira

A verdade que em mim reina te destroi na realidade,

Procura a cura certa para evoluir a tua mentalidade,

Género: 
 

Abril

Abril

 É esta luz extasiante!  

É barco

Que transporta liberdade,

É ideal…

É um símbolo importante,

É a vontade

De um povo de verdade!

 

Género: 
 

tambor

Há algo que mexe e que corrói
que transfigura o pensamento só com a sombra. Há o bater de força, fora do coração
tambor como louco em corrida sem fim.

Género: 
 

arrebentam-se-me

arrebentam-se-me as estribeiras!
mando tudo para fora do meu espaço
não calo a voz que me queima
e me grita em todos os cantos e recantos

Género: 
 

Mistifório

Tudo que vejo e descubro
Aloja-se em mim, sem avisar,
Ocupa-me a mente e encubro
Esta grande dor que é a de pensar.

Género: 
 

É seguro lá fora?

Não sei como deambulo e murmuro o que faço e digo.
Não consegui encontrar noutrem, para mim, aquela capacidade de compreensão.

Género: 
 

Significado dos Nomes

Meu radiante sol, brilharias tu tanto, se te desse o nome escuridão?
Serias tu o meu porto de abrigo, se de perigo te intitulasse?

Género: 
 

The possessor of nothing

I am no longer lost or to be found
I am no longer hope fallen to the ground.
I am no longer the last to be profound.

Género: 
 

Tu

Tu

És demasiado próximo de ti mesmo

E isso

Não é nada

De que valha a pena contar

Nada

Que valha a pena chamar de tudo

Nem numa fuga louca

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Inquietação

Se houver eco nas palavras que dizemos
Não é porque possuímos as nossas mãos
Mas tão-somente porque o tempo não passa.

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Grafite

Grafite

 

Grafito palavras

Rosto presente

Chama viva

Iluminando a multidão

Num século de glória

Pelo direito conquistado.

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