Não me perguntes quem sou tem dias que nem eu o sei. Sou tanto e tantas vezes sou menos, sou quem tem de ser naquele instante. Faz assim, não me perguntes é nada.
Espero por quem leia as minhas palavras e entenda a minha alma. E se tu me lês e sentes-te beijado, e se as minhas palavras são respeitadas e não ajuizadas, então é por ti que tenho esperado.
<p>Eu não me encontro mas, também já não preciso de me preocupar. Acho que o tempo já conseguiu curar-me da ilusória procura de quem sou? O que quero, tu e eles!
Perdi-me no caminho para o teu corpo. Perdi-me no tempo de te encontrar e encontrei-me a mim. Perdi-me no passado à procura do presente mas, encontrei o meu futuro.
A vida rasga pedaços do tempo. Desaparece no olhar de quem nos viu crescer. Na alquimia de uma utopia, que de tão nossa se dissipa nas ondas de um mar quase tão perfeito quanto imperfeito.
Ontem tive a certeza de que a incerteza constante nos é inerente e irrevogável, não só no novo pequeno temeroso, não só no velho esquecido e teimoso, apenas se manifesta mais livremente nes
Naquele momento fiquei pétrea, dura como mármore, fria e oca, pasmada da sorte infeliz permanente. As lágrimas escorreram, lavando-me a cara marcada pela incredulidade e negação ferranha.
Num instante o horror do esquecimento, da palavra presa entre a garganta e o medo que caía no abismo. Passam os segundos, os minutos, as horas, o remoer confuso e a tortura.
Quer parecer-me que a loucura deu lugar à liberdade e que a felicidade veio em lugar da inconsciência, é que, com o sentimento de liberdade vem a felicidade.
D’ alma generosa és tu que de encontros tais, buscando no meu regaço o deleite e juventude de promissores feitiços, quebrados e quebradiços, de auspiciosas auroras boreais.
Efectivamente, sim senhor, não o nego com a mesma veemência atroz com que desminto aos céus essas verdades escondidas, recalcadas, subjugadas aos factos, esses raivosos cães e da
Se pudesse, juro-te, corria até ti. De certa forma ainda corro, à minha maneira, daquela maneira em que se está parado e se espera que as coisas corram até nós.
Entendi, pela minha ordem natural, que tenho que deixar ir, que preciso de me deitar na horizontal e deixar que o silêncio se encarregue de me tornar no Ser que por mim espera no vazio, por traz de